
A gravidade do pecado da impureza, também chamado de luxúria, é que mancha um membro de Cristo. "Ora vós sois o corpo de Cristo e cada um de sua parte, é um dos seus membros." (1 Cor 12, 27)
"Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?" (1 Cor 6, 15)
"Tomarei, então, os membros de Cristo, e os farei membros de uma prostituta? Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gen 2, 24)". (1 Cor 6, 16)
Toda vez que eu peco, o meu pecado atinge todo o corpo de Cristo. De forma especial isto ocorre no pecado de impureza; o que levava São Paulo a pedir aos Coríntios, entre os quais havia este problema: "Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo". (1 Cor 6, 18)
São Paulo ensina que devemos dar glória a Deus com nosso corpo. "O corpo, porém, não é para impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo; Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressucitará a nós pelo seu poder". (1 Cor 6, 13). "Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo." (1 Cor 6, 20)
Nosso corpo está destinado a ressuscitar no último dia, glorioso com o corpo de Cristo ressuscitado. "Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso..." (Fil 3, 20)
Isto explica a importância do nosso corpo, que levava Paulo a dizer aos Coríntios: "Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós." (1 Cor 3, 16-17)
Jesus foi intransigente com o pecado da impureza. No Sermão da Montanha, Ele disse: "Todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração." (Mt 5, 27-28). Jesus quer assim destruir a impureza na sua raiz; isto é no coração dos nossos pensamentos.
"Porque é do coração que provém os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias." (Mt 15,19)
Para viver a pureza há, então, que estarmos em alerta o tempo todo, como recomenda o Senhor: "vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26, 41)
Todos nós já pudemos comprovar como é fraca a natureza humana, enfraquecida pelo pecado original.
Após o pecado de Adão não nos resta outro remédio: vigiar os nossos sentidos, pensamentos, olhares, gestos, palavras, atitudes, comportamentos, etc., e buscar na oração e nos sacramentos, o remédio e o alimento para vencer a nossa fraqueza.
Prof. Felipe Aquino
Revista Canção Nova
Edição de Janeiro de 2009 (pg 11)
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