
Ao regressar de Oslo, depois de ter recebido o prémio Nobel da Paz, a Madre Teresa de Calcutá fez uma paragem em Roma. Vários jornalistas reuniram-se no pátio da humilde casa das Missionárias da Caridade. A Madre Teresa não se furtou ao contacto com os jornalistas, mas recebendo-os como a filhos, colocando na mão de cada um uma medalhinha da Imaculada Conceição. Os jornalistas pagaram-lhe com muitas fotografias e perguntas.
Um deles disse-lhe:
- Madre, já tem setenta anos! Quando morrer, o mundo ficará como dantes. O que é que mudou depois de tantas fadigas?
A Madre Teresa mostrou um sorriso luminoso, como se lhe dessem um beijo terno, e disse:
- Veja, eu nunca pensei que ia mudar o mundo! Procurei somente ser uma gota de água limpa, na qual o amor de Deus se possa refletir. Parece-lhe pouco?
O jornalista não conseguiu responder e ao redor da Madre fez-se silêncio. Madre Teresa tomou de novo a palavra e perguntou ao jornalista "atrevido":
- Procure ser também o senhor uma gota de água limpa e assim já seremos dois. É casado?
- Sim, Madre!- Diga-o à sua esposa e já seremos três. Tem filhos?
- Três filhos, Madre.
- Diga-o também aos seus filhos, e já seremos seis...
Madre Teresa tinha dito claramente que cada um de nós tem nas mãos um pequeno, mas indispensável capital de amor... que devemos procurar fazer render: o resto ou é divagação inútil, polêmica estéril ou atividade fingida.
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